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Postura professoral |
Paulo Freire, o grande Patrono da
Educação Brasileira, disse em seu livro Pedagogia da Autonomia (1996): “Presença humana, presença ética, aviltada
toda vez que transformada em pura sombra”. Poucos poderão entender essa
frase, mas ela se faz presente neste instante em que escrevo estas palavras e
as ponho em minha cabeça para citar que o futuro pedagogo precisa ser, antes de
mais nada, um ensaísta, um pesquisador, um ser humano capaz de nos pôr em
cadência exemplar diante do leigo aluno. Analise: presença humana (pessoas),
presença ética (comportamento, valores, civilização, disciplina), aviltar
(desonrar). O Pedagogo precisa entender que
seus alunos são humanos e suas disciplinas são a ordem conjunta para um
aprendizado. A frase encontra-se na página 100 e a ela me refiro para iniciar o
ponto nevrálgico entre a comunicação e o futuro pedagogo, a ética e o futuro
pedagogo e a postura cívica e o futuro pedagogo. A Pedagogia, nos incita à epistemologia,
ao saber da informação que nos será útil, capaz de nos fazer pensar, agir e
reverberar perante nosso futuro profissional. O Pedagogo precisa encontrar
respostas democráticas para perguntas autoritárias, conversas atribuladas ao
dia a dia, confrontos com relação à política, debates e mais debates na qual o
futuro pedagogo precisaria ter como gabarito de uma consciência plena de
argumentos. O Pedagogo desperta a atenção de quem precisa de informação. A
ética moral e a postura cívica que precisamos ter agora parece que não faz
diferença para alguns alunos que não sabem a dimensão que um evento pensativo
como esse nos traz. Se Paulo Freire, Monteiro Lobato e Rubem Alves não
despertam interesse aos alunos atuais, será que a música de Chico Buarque, o livro
de Adriana Lisboa ou a poesia infantil de Cecília Meirelles despertará algo
dentro deles? Ser Pedagogo é muito mais que assistir a um documentário no
teatro da faculdade: é estar infiltrado em tudo o que a cultura, a política, os
ensinamentos e a riqueza de detalhes nos permite angariar. É estar atrelado até
o último fio de cabelo com tudo aquilo que nos rodeia, nos permeia e nos
capacita. Não conhecemos algo? Busque informações. E é justamente essa a função
do Pedagogo, tão bem como disse Jean Piaget um dia: incitar a pesquisar, a
formatar noções e a equiparar nossos conhecimentos para um futuro não muito
distante. Mas diante dos fatos atuais e perante a inadimplência de alguns já
formados Pedagogos, eis uma pergunta que não quer calar: cadê a postura, a
ética, a paixão e a decência de Pedagogo que precisam ter, se estas não nos é
ofertada com sabedoria?
Pedagogos:
ética moral e postura cívica!
Por
Marcelo Teixeira
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