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Escola sem partido? |
Primeiramente é preciso
nos lembrarmos que a Educação no Brasil é das mais precárias e que tomar
partido ou não, implicará tanto nos debates quanto na formação de opinião do
aluno, que poderá haver uma parcela de culpabilidade e responsabilidade diante
dos fatos obtidos¹. É preciso aderir ao Movimento Escola Sem Partido (Lei nº
867/2015), tendo como príncipio básico a moral pela qual estamos inseridos e
pelo alto teor de ética do professorado perante às suas intenções partidárias.
Quem mais sofre com essa tendência do ato é o professor de História que, com
suas convicções políticas, tendem a influenciar o aluno sobre determinado
partido. Mas será possível ensinar a disciplina sem tomar partido? Se for um
professor que tem em mente que sua participação efetiva é lecionar com
seriedade e que seu aluno é sujeito do futuro crítico, análitico e autoritário,
a disciplina passa a ser um ato valente de que é possível ministrar a
disciplina sem envolvimento partidário, baseando-se pelos fatos históricos. Mas
há aqueles professores que não apenas demonstram sua seriedade perante
determinados apelos políticos como também incitam seus alunos sobre práticas
religiosas, movimentos pessoais, atitudes impensadas que ultrapassam os limites
dos muros escolares. Não apenas na disciplina de História, mas qualquer
disciplina lecionada, o professor tende a tomar partido por algo: seja na
maneira arbitrária de se pôr em sala com suas opiniões deturpadas sobre
determinados alunos, seja pela sua religião ou pela falta de fé, seja pelo lado
sexual, pelo dissabor de uma atividade pedagógica, pelo não direcionamento de
um presidenciável. Tudo leva a crer que o professor de hoje ainda tem partido,
mas são poucos (e são os melhores) que ainda conseguem ministrar suas aulas sem
o envolvimento partidário envolta de suas argumentações. Portanto, é possível
ensinar História sem tomar partido algum perante os fatos corriqueiros.
¹Artigo
escrito após aula ministrada pelo Professor Me. Jonathan
Marcelino, doutorando em Geografia Humana – USP, Professor dos cursos de
Geografia & História na Universidade Anhanguera Campo Limpo e Coordenador UNICEU – Cantos do
Amanhecer – SME/SP, na qual nos solicitou, como alunos de Pedagogia no quarto
semestre / 2016, um texto dissertativo sobre as Escolas sem Partido e a
disciplina de História.
É
possível ensinar História sem tomar partido?
Por
Marcelo Teixeira