domingo, 27 de novembro de 2016

É possível ensinar História sem tomar partido?


Escola sem partido?
Primeiramente é preciso nos lembrarmos que a Educação no Brasil é das mais precárias e que tomar partido ou não, implicará tanto nos debates quanto na formação de opinião do aluno, que poderá haver uma parcela de culpabilidade e responsabilidade diante dos fatos obtidos¹. É preciso aderir ao Movimento Escola Sem Partido (Lei nº 867/2015), tendo como príncipio básico a moral pela qual estamos inseridos e pelo alto teor de ética do professorado perante às suas intenções partidárias. Quem mais sofre com essa tendência do ato é o professor de História que, com suas convicções políticas, tendem a influenciar o aluno sobre determinado partido. Mas será possível ensinar a disciplina sem tomar partido? Se for um professor que tem em mente que sua participação efetiva é lecionar com seriedade e que seu aluno é sujeito do futuro crítico, análitico e autoritário, a disciplina passa a ser um ato valente de que é possível ministrar a disciplina sem envolvimento partidário, baseando-se pelos fatos históricos. Mas há aqueles professores que não apenas demonstram sua seriedade perante determinados apelos políticos como também incitam seus alunos sobre práticas religiosas, movimentos pessoais, atitudes impensadas que ultrapassam os limites dos muros escolares. Não apenas na disciplina de História, mas qualquer disciplina lecionada, o professor tende a tomar partido por algo: seja na maneira arbitrária de se pôr em sala com suas opiniões deturpadas sobre determinados alunos, seja pela sua religião ou pela falta de fé, seja pelo lado sexual, pelo dissabor de uma atividade pedagógica, pelo não direcionamento de um presidenciável. Tudo leva a crer que o professor de hoje ainda tem partido, mas são poucos (e são os melhores) que ainda conseguem ministrar suas aulas sem o envolvimento partidário envolta de suas argumentações. Portanto, é possível ensinar História sem tomar partido algum perante os fatos corriqueiros.
¹Artigo escrito após aula ministrada pelo Professor Me. Jonathan Marcelino, doutorando em Geografia Humana – USP, Professor dos cursos de Geografia & História na Universidade Anhanguera  Campo Limpo e Coordenador UNICEU – Cantos do Amanhecer – SME/SP, na qual nos solicitou, como alunos de Pedagogia no quarto semestre / 2016, um texto dissertativo sobre as Escolas sem Partido e a disciplina de História.
É possível ensinar História sem tomar partido?
Por Marcelo Teixeira
 
 

 

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