quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Professor: é isso mesmo o que eu quero?


Professor: é isso mesmo?
Com  tantos  dilemas  e  desafios  educacionais,  conflitos igualitários,  desafios  diários  e  a  luta permanente  pela educação brasileira, há uma pergunta pertinente que precisa urgentemente  de  uma resposta  cabível  de  pensamentos estratégicos: será que é isso mesmo o que eu quero para o meu futuro? Ser professor numa metrópole como São Paulo ou  Rio  de  Janeiro  ou  nos  cafundós  escondidos  do  sertão nordestino, cada qual com sua cultura e seus trejeitos, suas ramificações  e  seus paradigmas, ser educador numa seara com grandes dificuldades  facultativas  torna-se,  ao  mesmo tempo, sedutor e desafiador, estimulador e característico de ressalvas problemáticas, em que o sistema nos impõe limites, mas a prática nos prega pragas. Para tanto, ser professor requer muito mais que ser educador: é ser plausível de uma luta constante pela identidade de um  aluno,  pela perseverança de uma criança indefesa, pela sensibilidade de um adulto sagaz, pelo crescimento de ideias e pelo caráter de um ser humano. Requer, acima de tudo, muita dedicação, muita afetividade, muita garra, perseverança e muita capacidade em poder manter uma classe numerosa em silêncio, impondo seus conhecimentos  e  seu  respeito. Ser  professor  é  saber procurar distinguir o certo do errado, o sujeito obscuro do objeto  perverso,  o adjetivo vulnerável do  substantivo incompleto,  do  verbo  imperativo  para  o  verbo  conjugado numa preposição indigesta entre o saber e a epistemologia.
Em minhas viagens pelo Nordeste brasileiro, pude conhecer alunos  que  moravam longe  de  suas escolas,  mas  que  não perdiam  a  chance  de  irem  à  escola  ao  menos  para aprenderem  o alfabeto.  Conheci  professores  que  faziam questão de ensinar e conheci professores que faziam de tudo para que seus alunos não perdessem aulas. Ser professor é ter a capacidade de poder ensinar ao próximo aquilo  que sabe, que adquiriu, que absorveu. E é a realização plena deu ma sabedoria sem fim. Mas será que é possível, nos dias de hoje, com a tecnologia avançada, com alunos rebeldes, com diretoria  atrasada,  com leis  não  cumpridas, com sistemas burocráticos,  ser professor? Hoje sei que cada vez que passam os dias, as horas, os minutos e as leituras em torno da Educação, mas sei que podemos lutar pela educação brasileira e retirar de suas mazelas a sabedoria de um futuro melhor, com alunos mais determinados ao conhecimento e a sensatez de uma categoria digna de um respeito profundo."


Professor: é isso mesmo o que  eu quero?
Por Marcelo Teixeira

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